Não se sabe se foram os Capitães de Areia que vieram com a Tieta do Agreste ou muito menos a Tereza Batista junto com a Gabriela, trazendo o Cravo e a Canela, que aportaram nesta famosa Tenda dos Milagres e aqui na Cidade da Bahia, criaram todo esse misticismo traduzido em livros, poemas, danças e ritmos. Jorge Amado da Bahia sabe bem contar isso.
A Casa do Rio Vermelho, onde viveram os escritores Jorge Amado e Zélia Gattai, na rua Alagoinhas, número 33, em Salvador, passou por restauração e desde 2014 está aberta para visitação ao público.
É um, espaço marcado pela história, pela poesia, pelo miscigenação, que atrai um público ávido por conhecer um pouco mais da história da Bahia além dos livros didáticos.
O espaço tem projeções de vídeos que apresentam trechos da obra do casal e vários depoimentos de pessoas que conviveram com eles.
Ainda na visitação, as pessoas também têm acesso a documentos e cartas escritas por Jorge Amado e trocadas com personalidades nacionais e internacionais. No quintal da casa fica a Roda de Conversa onde estão exibidos depoimentos de famosos, amigos e familiares.
A Casa do Rio Vermelho era o local onde Jorge Amado e Zélia Gattai recebiam visitas ilustres como as do escritor chileno Pablo Neruda, e do compositor, maestro, pianista, cantor, arranjador e violonista Tom Jobim, além de outras personalidades. Foi comprada por Jorge Amado com o dinheiro da venda dos direitos do romance Gabriela, Cravo e Canela para o estúdio MGM, na década de 60.
A lista de livros de Jorge Amado é variada, destacando-se alguns como Capitães da Areia (1937), Dona Flor e Seus Dois Maridos (1966) e Tieta do Agreste (1977) todos eles adaptados para o cinema e a televisão. A casa fica aberta às sextas, sábados e domingos, das 10h às 17h.